7.10.09

Whiteout

O Rotten Tomatoes elegeu "Terror na Antártida" o 100º pior filme da década, mas tenho que discordar, o filme não é tão ruim assim, mas continua longe de ser bom.
Baseado na graphic novel homonima, Whiteout conta a história da agente do FBI Carrie Stetko (Kate Beckinsale) que tem a ingrata função de policiar as bases de pesquisa instaladas na Antártida. Às vésperas de seu retorno a climas mais quentes depois de dois anos de isolamento um corpo é encontrado e Stetko deverá investigar o primeiro assassinato da Antártida.
A premissa parece atraente, não? E realmente é. A história em quadrinhos parece ser muito boa, mas infelizmente ainda não tive a oportunidade de ler. A história em si é boa, a investigação faz sentido e a resolução do mistério não é óbvia.
Tirando o aparecimento de um personagem meio que do nada após a primeira aparição do assassino e a seguinte falta de comprometimento da protagonista para verificar o background de tal personagem, o maior problema do filme é a completa falta de ritmo na montagem. A trama não parece fluir, às vezes arrastada, às vezes dá saltos e nesse meio tempo, quem está assistindo não consegue se envolver.
O que salva mesmo o filme é a Kate Beckinsale. Com uma atuação competente e cada vez mais linda, seu carisma em cena salva cada fotograma em que aparece. Por isso mesmo, é acertada a decisão de iniciar o filme acompanhando Kate pelos corredores das instalações, seguir para seu quarto e acompanhá-la remover as incontáveis camadas de roupas necessárias para suportar o frio do polo e depois entrar no banho, com direito até a uma abaixadinha pra ligar o chuveiro.

4.10.09

A verdade nua e crua...

...é que A Verdade Nua e Crua é uma comédia romântica medíocre que de romântica tem pouco e de comédia oscila entre o engraçado e o ofensivo passando muitas vezes pelo constrangedor.
Seguindo a premissa básica (e batida) de que homens são simples e só querem sexo, enquanto as mulheres são complicadas e buscam amor verdadeiro este A Verdade Nua e Crua tenta inovar ao escancarar estes estereótipos nas palavras de seu protagonista, o apresentador de TV Mike Chadway (Gerald Butler) cujo sucesso vem de dizer em alto e bom som as "verdades" sobre os relacionamentos em seu programa matinal .
O conflito vem de sua relação com Abby Richter (Katherine Heigl), a produtora do programa que ao mesmo tempo que se sente ofendida pelas ideias de seu apresentador, se deixa levar por elas para tentar conseguir namorar seu vizinho. É claro que em determinado momento os dois opostos se atraem, brigam, fazem as pazes e vivem felizes para sempre seguindo a receita básica das comédias românticas.
Na minha opinião A Verdade Nua e Crua tem dois grandes problemas. O primeiro é que a premissa de escancarar as "verdades"sobre os homens parece promissora em muitos momentos, mas o final é um tanto anticlimático vendo que este "homem de verdade" só é assim por ter tido seu coração partido diversas vezes e hoje tem medo de se apaixonar. Tenho que admitir que mesmo sendo uma versão caricata da mente de um homem me reconheci em muitos dos comentários de Chad, mesmo os mais ofensivos. Me desculpem mulheres, mas os homens SÃO simples e se você quer chamar a atenção a combinação de sutiã que levanta + decote é garantia de sucesso, então ver Chad se revelar uma fachada para um "homem sensível e inseguro" foi lamentável. Mas acho que é o preço que se paga por ter três mulheres escrevendo um roteiro sobre a mente do homem...
O segundo problema é que muitas das piadas do filme não funcionam. Na sala que estava muitas gags passaram despercebidas pelo público que permaneceu em absoluto silêncio. Outras piadas chegam a ser até mesmo ofensivas, mas no mau sentido.
Quanto a dupla de protagonistas, Gerald Butler está ótimo apesar de um pouco canastrão e Katherine Heigl se esforça, mas sua atuação é um tanto pálida.